- A primeira publicação do poema
- Reivindicação de Clement Clarke Moore
- A controvérsia sobre Henry Livingston Jr.
- Investigações e conclusões modernas
"T'was the Night Before Christmas", originalmente intitulado "A Visit from St. Nicholas", é um dos poemas mais amados e amplamente recitados durante a época festiva.
As suas imagens vívidas e versos rítmicos cativaram os leitores durante gerações, pintando um quadro mágico da véspera de Natal.
No entanto, embora os versos do poema sejam familiares para muitos, a história por detrás da sua autoria é menos conhecida.
Este artigo pretende esclarecer o mistério em torno de quem escreveu verdadeiramente esta peça icónica, explorando as alegações, as controvérsias e as provas que surgiram ao longo dos anos.
Quando foi publicado o poema? ver abaixoA primeira publicação do poema
"A Visit from St. Nicholas", mais comummente reconhecida pela sua frase de abertura "T'was the Night Before Christmas", foi apresentada ao público pela primeira vez em 1823.
Estreou-se no "Troy Sentinel", um jornal do norte do estado de Nova Iorque, poucos dias antes do Natal.
Curiosamente, o poema foi publicado sem o nome do autor, o que levou a muita especulação e curiosidade sobre as suas origens.
A representação encantadora de São Nicolau e das suas renas, combinada com os seus versos rítmicos, rapidamente ganhou popularidade.
Não demorou muito para que se tornasse um elemento básico das celebrações de Natal em todos os Estados Unidos.
À medida que a sua fama crescia, crescia também a intriga sobre o indivíduo por detrás destas linhas memoráveis.
Apesar do seu reconhecimento generalizado, durante anos, a identidade do poeta permaneceu um mistério.
O anonimato da publicação inicial preparou o terreno para um dos debates mais duradouros da história literária, com múltiplas reivindicações de autoria a surgirem ao longo do tempo.
Este debate entrelaçará famílias, académicos e historiadores numa busca para descobrir o verdadeiro criador deste icónico poema de Natal.
Quem foi Clement Clark Moore? ver abaixoReivindicação de Clement Clarke Moore
Clement Clarke Moore, um professor e académico da cidade de Nova Iorque, é frequentemente apontado como o autor de "A Visit from St.
Só em 1837, 14 anos após a publicação inicial do poema, é que Moore o reivindicou publicamente como seu.
O pedido baseava-se no facto de o poema ter sido incluído numa antologia das suas obras.
A formação de Moore em literatura clássica e a sua reputação como académico respeitado deram credibilidade à sua afirmação.
Além disso, a sua família forneceu relatos consistentes sobre a criação do poema, contando como Moore o escreveu num dia de inverno com neve para os seus filhos, inspirando-se nas paisagens nevadas e nas lendas holandesas locais sobre São Nicolau.
Em 1844, Moore solidificou ainda mais a sua pretensão ao incluir "A Visit from St. Nicholas" num volume da sua poesia.
Esta publicação, combinada com testemunhos de amigos e familiares que recordavam Moore a ler o poema em voz alta em anos anteriores, parecia oferecer provas convincentes a seu favor.
Durante muitos anos, a reivindicação de Moore não foi contestada e ele tornou-se amplamente aceite como o autor do poema.
No entanto, com o passar do tempo, surgiu outro potencial autor, lançando dúvidas sobre a afirmação de Moore e acrescentando uma nova camada ao mistério que envolve este adorado clássico de Natal.
Quem foi Henry Livingston Jr.? ver abaixoA controvérsia sobre Henry Livingston Jr.
Embora se tenha acreditado durante muito tempo que Clement Clarke Moore tinha escrito o poema, surgiram mais tarde alegações de que Henry Livingston Jr., um agricultor de Nova Iorque e veterano da Guerra Revolucionária, o tinha escrito antes, uma vez que escrevia frequentemente versos semelhantes para a sua família.
A controvérsia começou quando os descendentes de Livingston começaram a afirmar que o seu antepassado, e não Moore, era o verdadeiro autor do icónico poema.
Recordaram histórias de família em que Livingston lhes lia o poema anos antes da sua publicação no "Troy Sentinel".
Estes relatos dão-nos a imagem de um homem que gostava de criar versos lúdicos e ritmados, muito ao estilo do famoso poema de Natal.
Apoiando a alegação de Livingston, havia diferenças notáveis no estilo de escrita entre as obras conhecidas de Moore e "A Visit from St. Nicholas".
Os estudos e análises linguísticos pareciam estar mais de acordo com o estilo jovial e caprichoso de Livingston do que com a abordagem mais formal e académica da poesia de Moore.
Embora não tenham sido encontradas provas concretas, tais como manuscritos originais, que atribuam definitivamente o poema a Livingston, os argumentos convincentes dos seus descendentes e as análises de apoio asseguraram que o debate sobre a verdadeira autoria do poema permanece vivo e bem vivo.
Investigações e conclusões modernas
Na era da tecnologia e dos métodos de pesquisa avançados, o mistério em torno da autoria de "Uma visita de São Nicolau" foi revisitado com vigor renovado.
Linguistas, historiadores e especialistas em literatura têm contribuído com ferramentas modernas para esclarecer esta questão persistente.
Ao examinar a estrutura, o vocabulário e as escolhas estilísticas do poema em comparação com outras obras de Moore e Livingston, os especialistas tentaram determinar um autor mais definitivo.
Alguns estudos apontam para o facto de o tom lúdico e leve do poema se aproximar mais das obras conhecidas de Livingston, enquanto outros defendem que certas frases e escolhas de palavras são características de Moore.
Além disso, os registos históricos, as cartas e os diários foram vasculhados em busca de qualquer menção ou indício sobre a criação do poema.
Embora algumas evidências anedóticas apoiem ambas as afirmações, não foi encontrada nenhuma prova definitiva que atribua o poema a um autor em detrimento do outro.
Em conclusão, embora as investigações modernas tenham fornecido informações valiosas e reacendido o interesse pelas origens do poema, a verdadeira autoria de "A Visit from St. Nicholas" continua a ser um tema de debate.
O que é inegável, no entanto, é o impacto duradouro do poema e o lugar que ocupa nas celebrações de Natal em todo o mundo.